Tomo sorvete no frio,
Prefiro lugar vazio,
Odeio sol, gosto de chuva.
Não calço meias, prefiro luva.
Tenho medo da lua,
Sorrio pras pessoas na rua.
Esqueço o que todos lembram,
Lembro do que se esquece.
E se nada disso for comum,
Podem chamar-me de louca,
Pois, durmo quando amanhece
E abro embalagens com a boca.
A música que toca nas rádios
A mim não agrada.
Se o assunto for comida,
Mesmo antes de provar,
Nunca gosto de nada.
Roupas, prefiro as baratas,
Tenho letra complicada,
Conversas, prefiro as chatas,
Frutas, gosto das amargas,
Nunca comi bananas.
Pessoas, me afeiçôo às insanas.
Se da piada ninguém ri,
Eu acho engraçada.
Se aplaudem a dinâmica,
Eu prefiro estar parada.
E se levam a vida à sério,
Eu que a sinto cômica,
Dou risada!
Leandra Vianna
2 comentários:
controverso, poético e interessante... Parabéns...
visite o www.jornalismodescontraindo.blogspot.com ...
e continue assim
bjs
Quando a gente é contra-cultura demonstramos até na poética...
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